Sarah Caires


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sobre cinema

  
   Nesses dias em que eu me dediquei aos estudos pra minha prova de habilidades específicas, li sobre muito coisa que interessante que gostei muito, e em um livro de História da Arte, que com o surgimento das máquinas durante a Revolução Indrustrial a arte foi se inovando abrindo novos caminhos. Nesse período franceses tiveram a idéia de criar o cinema que pra eles no inicio seria até frequentado, mais que mais tarde as pessoas se cansariam, mas foi o oposto do que aconteceu, retirado do livro Jean-Claude Bernardeer - O que é cinema :

     A arte da burguesia
    
      No dia da primeira exibição pública de cinema - 28 de dezembro de 1895, em Paris - um homem de teatro que trabalhava com mágicas, Georges Méliès, foi falar com Lumière, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho e Lumière o desencorajou, disse-lheque o "cinématógrapho" não tinha o menor futuro como espetáculo, era um instrumento científico para reproduzir o movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o público, no início, se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumière enganou-se. Como essa estranha máquina de austeros cientistas virou uma máquina de contar estórias para enormes plateias, de geração em geração, durante quase um século?
  Nesse 28 de dezembro, o que apareceu na tela do "Grand Café"? Uns filmes curtinhos, filmados com a câmara parada, em preto e branco e sem som. Um em especial emocionou o público: a vista de um trem chegando na estação, filmada de tal forma que a locomotiva vinha vindo de longe e enchia a tela, como se fosse se projetar sobre a plateia. O público levou um susto, de tão real que a locomotiva parecia. Todas essas pessoas já tinham viajado ou visto um trem em movimento. Esses espectadores todos também sabiam que não havia nenhum trem verdadeiro na tela, logo não havia por que assustar-se. A imagem na tela era em preto e branco e não fazia ruídos, portanto não podia haver dúvida, não se tratava de um trem de verdade. Só podia ser uma ilusão. É aí que residia a novidade: na ilusão. Ver o trem na tela como se fosse verdadeiro. Parece tão verdadeiro - embora a gente saiba que é de mentira - que dá para fazer de conta, enquanto dura o filme, que é de verdade. Um pouco como num sonho: o que a gente vê e faz num sonho não é real, mas isso só sabemos depois, quando acordamos. Enquanto dura o sonho, pensamos que é verdade. Essa ilusão de verdade, que se chama impressão de realidade, foi provavelmente a base do grande sucesso do cinema.
   
   

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