Sarah Caires


domingo, 25 de novembro de 2012

Toda Palavra


Viviane me inspira, sinto que ela mora em meu coração.   
Junto a pura necessidade única e genuína de escrever

domingo, 7 de outubro de 2012

Valente


Quero ser valente,
Contente,
Assim como sonho,
Nos banhos quentes.
Com presentes,
Por mim feitos,
Por mim recebidos,
Pelo fim correto,
Do meu centro, meu certo.
Ser minha contente,
Ser responsável pela minha alegria,
Ser excelente companhia,
Ser minha por direito de querer ser,
Pra ser vivida, ainda mais sadia,
Pra poder andar com próprios pedais,
Pra poder ser luz própria,
Feito estrela que decora o céu anil.
Poder ser água,
Poder ser sede,
Saber recuperar, saber curar.
Saber calar, saber falar.
Direito meu só meu de contemplar,
Olhar, imaginar,
Querer ser, infinitas vezes repito,
Pra ver se algo ainda cabe,
Aqui nesse espírito.
Às vezes falta ser valente,
Como faz pra ser contente?
Derramar, desiludir, presumir, decidir.
Querer ser, sem se olhar,
Não é ser, é imaginar. 

Sarah Caires 


Poema publicado prêmio Rima Rara

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012


Ímpeto delicia-se com sabor da aventura,
Faz rara essa mascara na cara,
Não tem capacidade de mentir sentimentos,
Mesmo quando estremece tudo dentro do peito.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Me espanto,
olhar,
confusão.
Me encanto, 
olhar,
comoção.
Te encontro
enfim,
combustão.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Um respirar anil,
Fez dormir o mês de abril,
Sonolentos chás risonhos,
Com altura de um oceano.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

domingo, 3 de junho de 2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Equilibrio inclinado,
desse corpo,
peço gosto,
de novos troncos.

Sento torto,
não faço esfoço,
pra sertir-me reto,
completo.


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Um passo na livraria


Carta de Van Gogh a seu irmão Theo em outubro de 1888.

Passei pela livraria mês passado, encontrava-me alegremente aliviada para despencar o corpo sobre meus pés que sentiram-se fortes o bastante pra subir ruas, o sol era quente e os olhos eram atentos o suficiente para atravesar a rua. Caminhar pelo centro não combina com minha distração, me perco em cada ponto, ao menos que os caminho um instante me fez olhar atentamente a vitrine da livraria, e estava lá um especial sobre o Museu Van Gogh, logo pensei "Estava esperando por mim", ele estava naquelas embalagens de plástico e só quis abrir quando chegasse em casa. Confesso que li o prefácio e já me emocionei, já que Van Gogh foi o primeiro artista que me interessei desde o tempo da infância, diz tanto amor em sua arte.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

My shoes
They took me for a walk
I guess
We walked a hundred blocks
When it was time to go back
We were getting off the tracks
They said
'Just one more cigarette'
A drink or two would not be bad
My shoes
They took me to a bar
Quite soon
I said
'We're in a trap, we are'

segunda-feira, 30 de abril de 2012

sábado, 28 de abril de 2012

Mozart

"Uma simples linha melódica desenha o contorno da alma tomada, ao mesmo tempo, pela angústia e pelo desejo; ela fala muito mais do que esse diálogo insignificante, o qual consegue banhar numa luz pertubadora."

 A Musica Classica, Óperas de Mozart. p.593

domingo, 22 de abril de 2012

Metade

Metade do início, metade do fim.
Meia-noite, meio-dia.
Metade da noite, metade do dia.
Metade do espetáculo, metade da avenida.
Metade é copo meio cheio.
Metade é copo meio vazio.
Metade do caminho.
Metade do livro.
Metade do tempo corrido.
Metade do tempo que se é preciso.
Metade medo.
Metade coragem.
Se te satisfaz com metade,
Não se quer por inteiro.
A vida e suas metades.
De imensidão só sol, céu e mar
suficiente para tentar alegrar.

sexta-feira, 6 de abril de 2012


Começa o inesperado e você acaba achando que irá se surpreender a cada instante. Há silêncios não ditos que todos entendem. Há respostas curtas de esforço não recompensado, mas vale ao ver a lua que aparece com hora marcada, seu brilho da noite acalma o calor do dia, com seu vento frio de outono. Pena não te ver por traz dessas lentes cansadas de procurar abrigo, que a cada canção inflama o desejo de resposta. Se nota a vida com o simples gesto de se maravilhar, luta incansável essa de extrair todos os detalhes e riquezas de uma cena, devia ser tanto quanto natural, mas esse velho tempo não quer precipitação desse coração forasteiro, que pode fazer tropeçar as pernas sobre o vento. A alma sente, o corpo cansa.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Onibus

          
       Quanto tempo não pego onibus lotado, é lotado ... Os horarios da faculdade são bem alternativos e o onibus chega a ser agradavel, comparado aos horarios de pico.  E o meu observar fez com que me desse vontade de escrever, e uma narrativa passava em cabeça ao olhar as pessoas. Entrei no onibus e fiquei em pé, na frente de uma senhora de meia idade, que jogava no celular, pensei, puxa me lembro de jogar esses jogos no primeiro celular que ganhei, e de como isso já faz algum tempo, e como nem faço mais isso. Me transportei pro meu ensino médio e como isso fazia parte do meu dia-a-dia, o onibus lotado, a mochila pesada, o barulho do motor, que me fazia aumentar o som do mp3, e com o tempo não me agradava ouvir tais sons juntos, até quando o mp3 quebrou, fiquei sem a minha trilha sonora diária.  A distração ficou a olhar pelas janelas, o mesmo caminho a todas as manhãs. 
        Incrivel como as vezes tenho medo de olhar quem senta ao meu lado, os pensamentos voam longe, quando temos que chegar a um lugar, ou simplismente lembrar de como foi o dia, ou a vontade de chegar logo em casa. Porque parece tão dificil dizer um bom dia, ou boa tarde há quem senta ao seu lado, seguindo o mesmo caminho e descendo em pontos diferentes, simplismente poder dizer: "Hoje ta quente, mas o céu esta lindo". Esse universo é tão individual quando estamos só. Uns com seus fones de ouvidos, outros a olhar pela janela, com sacolas e bolsas na mão.
         Agora o caminho não é tão longo como antes, o peso dos materias ainda exigem dos braços. O tempo passa, e o onibus continua fazendo sua mesma rota, levando aos lugares e transportando histórias que as vezes não são contadas, mas se enxergar com o olhar. 
 
          Ah, já ia me esquecendo, que orgulho nascer no mês da mulher, parabéns a todas nós!