Sarah Caires


sexta-feira, 6 de abril de 2012


Começa o inesperado e você acaba achando que irá se surpreender a cada instante. Há silêncios não ditos que todos entendem. Há respostas curtas de esforço não recompensado, mas vale ao ver a lua que aparece com hora marcada, seu brilho da noite acalma o calor do dia, com seu vento frio de outono. Pena não te ver por traz dessas lentes cansadas de procurar abrigo, que a cada canção inflama o desejo de resposta. Se nota a vida com o simples gesto de se maravilhar, luta incansável essa de extrair todos os detalhes e riquezas de uma cena, devia ser tanto quanto natural, mas esse velho tempo não quer precipitação desse coração forasteiro, que pode fazer tropeçar as pernas sobre o vento. A alma sente, o corpo cansa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário