Sarah Caires
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
segunda-feira, 17 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Volto para casa, e a primeira estrela já aponta no céu. Três araras pousam no monumento alto da universidade, abaixo vejo na grama índios sentados que ergueram acampamento provavelmente aquela tarde, é muita coisa que se passa ali fora. O ônibus vai para o terminal, quando chega lá, volta para o bairro, e eu volto. Nessa volta a noite nasce, volto sempre no mesmo lugar. Primeiro ponto e o motorista esquece de parar para que as pessoas desçam, um grita de lá e outro de cá, o motorista pede desculpa, afinal não dava pra voltar. Uma criança discute que 4+4 é 8 e não dez, nesse instante deixei de observar e voltei-me para mim. Desço do ônibus e algo que não faz sentido, descobri que meu corpo assumiu como dele. Assumiu e não quer mais. Há pichação nova na rua da escola, chego e meu cachorro não veio até o portão.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
sábado, 16 de março de 2013
quarta-feira, 13 de março de 2013
domingo, 3 de março de 2013
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Soberania
Naquele dia, no meio do jantar, eu contei que tentara pegar na bunda do vento — mas o rabo do vento escorregava muito e eu não consegui pegar. Eu teria sete anos. A mãe fez um sorriso carinhoso para mim e não disse nada. Meus irmãos deram gaitadas me gozando. O pai ficou preocupado e disse que eu tivera um vareio da imaginação. Mas que esses vareios acabariam com os estudos. E me mandou estudar em livros. Eu vim. E logo li alguns tomos havidos na biblioteca do Colégio. E dei de estudar pra frente. Aprendi a teoria das idéias e da razão pura. Especulei filósofos e até cheguei aos eruditos. Aos homens de grande saber. Achei que os eruditos nas suas altas abstrações se esqueciam das coisas simples da terra. Foi aí que encontrei Einstein (ele mesmo — o Alberto Einstein). Que me ensinou esta frase: A imaginação é mais importante do que o saber. Fiquei alcandorado! E fiz uma brincadeira. Botei um pouco de inocência na erudição. Deu certo. Meu olho começou a ver de novo as pobres coisas do chão mijadas de orvalho. E vi as borboletas. E meditei sobre as borboletas. Vi que elas dominam o mais leve sem precisar de ter motor nenhum no corpo. (Essa engenharia de Deus!) E vi que elas podem pousar nas flores e nas pedras sem magoar as próprias asas. E vi que o homem não tem soberania nem pra ser um bentevi.
- Manoel de Barros in "Memórias Inventadas - A Terceira Infância, Editora Planeta
- Manoel de Barros in "Memórias Inventadas - A Terceira Infância, Editora Planeta
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Marcas do tempo
Pela primeira vez
visitei uma cidade histórica, minha surpresa foi grande, mas no começo
só conseguia pensar nos escravos construindo a cidade, ao mesmo tempo
que era lindo tinha seu ladinho angustiante. Pois bem são as marcas do tempo em Pirenópolis - Góias.
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